Operação Hades desmantela esquema milionário de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro no Tocantins
O Ministério Público do Tocantins (MPTO) deflagrou a Operação Hades para desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes fiscais, lavagem de dinheiro e associação criminosa. A ação, coordenada pelo Núcleo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal (Naesf) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), contou com o apoio da Receita Federal.
Esquema fraudou ICMS e causou prejuízo de R$ 8 milhões
Investigadores apontam que o grupo utilizava empresas de fachada para simular operações comerciais e sonegar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O prejuízo aos cofres públicos do Tocantins é estimado em R$ 8 milhões.
Empresa fantasma e contador central no esquema
As investigações, iniciadas com base em denúncias da Receita Estadual, revelaram irregularidades na Grãos Nacional Comércio Atacadista de Cereais Ltda. A empresa, registrada em nome de um suposto proprietário com renda de um salário mínimo, não possuía estrutura física ou pessoal condizente com o volume de negócios declarado.
Durante a operação, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Guaraí, Araguaína, Miracema do Tocantins, Barrolândia e Unaí (MG). Entre as medidas cautelares estão a suspensão das atividades das empresas envolvidas, proibição de acesso às sedes e restrições profissionais a investigados.
Um contador foi identificado como peça-chave do esquema, gerenciando contas pessoais para ocultar movimentações financeiras ilícitas.
Hades: mitologia e impacto social da sonegação
O nome da operação faz referência a Hades, deus grego do submundo, simbolizando a ocultação de patrimônio e o prejuízo à sociedade causado pela sonegação. A alusão ao mito de Perséfone reforça o impacto da evasão fiscal nos serviços públicos essenciais, comparando a escassez de recursos à fome na mitologia.
A investigação segue em andamento, com expectativa de novas medidas contra os envolvidos.
